segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tipo assim, Vei!

Ao ouvir uns jovens conversando e se tratando de “Vei”, indistintamente se era homem ou mulher, pensei que o tal vocativo pode ser considerado um termo universal, como iria Aristóteles. Alguns também se tratam por “Zé”.É a única qualidade boa que vejo – a universalização do termo.
As formas de tratamento “Vei” e “Zé” não fazem acepção de gênero ou de idade, tudo se enquadra neles. Para os jovens, não são termos desrespeitosos. Eles os dizem “de boa”. Revelam que a linguagem está viva, simplificada e,talvez, empobrecida.
Há uma dificuldade para essa juventude elaborar conceitos bem formulados,sem que seja necessário completar o pensamento com muita gesticulação e frases como - “tipo assim”, “por exemplo”, “sei lá, entende?”. Acredito que um vocabulário usual que se paute apenas em pouquíssimos vocábulos acaba por reduzir o pensamento a pequenos movimentos vitais.
Mas nem toda a juventude é assim. Graças a Deus, há aqueles(as) que possuem uma linguagem mais elaborada, sem cair no pedantismo jurássico e conservador. Há muitíssimos jovens empenhados em longas horas de estudo,de leitura, de aprendizado sério para a vida.(Prof.Ismar Dias de Matos, Puc-Minas)

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