quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Algumas características da contemporaneidade

O tempo em que vivemos é pleno de incertezas. Não atingimos o terreno firme das sonhadas certezas do conhecimento moderno. Os palestrantes costumam dizer: “Não tenho receitas prontas; cada caso é um caso”.

Há um absoluto Relativismo reinando em todos os lugares. O que era absoluto passou a ser relativo; o relativo se tornou absoluto, sobretudo no campo ético. Aliás, muito se fala de ética e pouco se sabe dela.

A vida pode ser considerada como um bem frágil, fragilíssimo. Pessoas matam outras pessoas por causa de um celular ou menos do que isso; uma pessoa é assassinada porque tem dinheiro, e outra é morta porque não tem dinheiro. As formas privadas e públicas de segurança diminuem os crimes, mas não impedem que eles cessem.

Embora se fale de Relativismo, há espaço para muitos fanatismos e intolerâncias nas religiões, no futebol, na política. A contemporaneidade comete crimes de injúria racial e de racismo como as pessoas dos séculos passados. Pouca coisa mudou.
As coisas devem ter pouca durabilidade porque devem ser sempre trocadas por outras. É claro que há garantias de quatro, cinco ou mais anos para um aparelho de TV ou outro produto, mas dentro de cinco anos ele já terá sido trocado. Quem suporta uma TV de três anos, quando outros modelos já foram lançados no mercado? Só loucos usam um aparelho de celular por cinco anos.

As pessoas – homens e mulheres – fazem uma questão muito grande de se apresentarem bonitas. Salões de beleza estão por todos os lados. Clínicas de estética têm um crescimento surpreendente. Não faz muito tempo nasceu uma expressão para caracterizar os homens que valorizam a aparência mais do que o comum de seus pares: metrossexual. Poderíamos chamar essa grande valorização da visibilidade de neo-narcisismo?

Como são preenchidos os grandes vazios humanos, aqueles momentos de angústia, de insegurança, de medos tão diversos? Os medicamentos de tarja preta resolvem nossos problemas? As drogas lícitas e ilícitas estão sendo eficazes? Como encontrar a cura para as dores daquilo que o dinheiro não compra? O que fazer para viver melhor na contemporaneidade?
(Prof. Ismar Dias de Matos)

Um comentário:

  1. Vivemos mesmo esse tempo de incertezas e as respostas... se nos escapavam antes, agora está muito pior. Fico me questionando sobre como será a sociedade daqui a 5, 10 anos, com os adolescentes que temos hoje, uma grande maioria que só quer saber de celular e conversa e o estudo... nem pensar. Uma política educacional que não ajuda a formar cidadãos éticos, conscientes do seu papel na sociedade, na sua própria casa. Será que estou exigindo demais dos adolescentes? Ou serei eu a ter que mudar? Realmente, não sei. Carla Cristina

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